No dia 30 de setembro, a Secretaria de Educação de Pernambuco e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) se reuniram para discutir o ensino religioso nas escolas públicas do estado. Durante o encontro, foi apresentada uma denúncia sobre a realização de cultos religiosos no ambiente escolar, conhecidos como “intervalos bíblicos”, em que são promovidos momentos de prática religiosa durante os intervalos das aulas.
Em resposta a essa denúncia, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) agendou uma audiência pública para o mês de novembro. O objetivo é debater a questão com a participação de professores, gestores, alunos e representantes da comunidade escolar, buscando soluções que garantam o respeito às crenças individuais dos estudantes.
A presidente do Sintepe, Ivete de Oliveira, destacou que as denúncias envolvem a realização de cultos evangélicos nas escolas, sem a inclusão de outras religiões e sem a supervisão de profissionais da área educacional. Em nota, o Sintepe afirmou que não é contra a prática religiosa dos estudantes, mas reforça que o uso do espaço público para essas atividades deve ser discutido por toda a comunidade escolar, conforme proposto pelo MPPE.
O promotor de Justiça Salomão Ismail Filho, da 22ª Promotoria de Justiça de Defesa da Educação da Capital, solicitou à Secretaria de Educação e ao Sintepe a lista de escolas onde os encontros religiosos estariam sendo realizados.
Por sua vez, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco esclareceu que essas atividades religiosas são organizadas pelos próprios alunos, ocorrem durante os intervalos das aulas e não interferem no calendário escolar. A Secretaria também reforçou que as escolas seguem as diretrizes do Currículo de Pernambuco, promovendo um ambiente de respeito à diversidade religiosa.
As informações foram fornecidas pela CNN Brasil.